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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

3rd INTERNATIONAL MEETNG ON ART-SCIENCE: INSCREVAM-SE!!!

SÉRIE DE EVENTOS REALIZADOS COM O APOIO E ESTRUTURA DO PROJETO OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO (CAPES): "LICENCIATURA EM AÇÃO" INFORMAÇÕES: www.galileo-400-anos.blogspot.com luerichsen@hotmail.com macedane@hotmail.com

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

MÉDIA DE (SOMENTE) SETE ANOS NA ESCOLA...


Brasileiros passam em média sete anos na escola, diz IBGE

Tempo não é suficiente para conclusão do ensino fundamental. Sudeste, Sul e Centro-Oeste estão acima da média nacional
Brasileiros com 10 anos ou mais passam em média sete anos na escola, o que representa uma escolaridade que não atinge a conclusão do ensino fundamental. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2009 analisa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, divulgados em setembro.
Acima da média nacional de anos de estudo estão as regiões Sudeste (7,7), Sul (7,5) e Centro-Oeste (7,3). O pior índice, de acordo com a Síntese, é registrado na Região Nordeste, com 5,9 anos de estudo, seguida pela Região Norte, com 6,5. O estado brasileiro com a pior média de anos de estudo é Alagoas, com 5,2 anos.
Os dados sobre os níveis de escolarização da população revelam melhoras, se comparados à década anterior, mas ainda não são compatíveis com o nível de desenvolvimento econômico do país, segundo o IBGE. Entre os anos de 1998 e 2008, o crescimento na média de anos de estudo não atingiu um ano completo.

Acesso ao estudo

Em relação ao acesso ao ensino fundamental, o estudo mostra que 97,9% das crianças de 7 a 14 anos de idade estavam frequentando a escola, em 2008. No mesmo ano, das pessoas com idades entre 15 e 17 anos, 84,1% frequentavam o ensino médio, em todo o país. No entanto, somente 50,6% dos jovens cursavam o nível compatível com a idade.

A pesquisa aponta ainda que, entre a população na primeira infância houve uma tendência de aumento da frequência à escola, embora em ritmo lento. O maior crescimento foi para a faixa de 4 a 6 anos, com taxa de frequência que passou de 57,9% para 79,8% entre 1998 e 2008. Entre as crianças de 0 a 3 anos, a taxa de frequência escolar passou de 8,7% para 18,1%, no mesmo período.
Já a média de anos de estudo entre as pessoas de 25 anos ou mais, de acordo com a análise, revela o status de escolaridade de uma sociedade. Em 2008, 50,2% da população nessa faixa etária tinham menos de 8 anos de estudo, ou seja, o ensino fundamental incompleto.

Em 1998, esse índice era de 65,3%. Apenas 9,5% das pessoas com 25 anos ou mais tinham mais de 15 anos de estudo e o ensino superior completo. A situação teve melhora, já que em 1998, apenas 6,6% das pessoas nessa faixa tinham o nível de estudo.

Estudo defasado

A análise do Instituto ressalta que ainda há um percentual alto de crianças com defasagem de aprendizado para a idade. Apesar de a idade adequada para a alfabetização ser 6 anos, 7,8% das crianças chegavam aos 9 anos de idade, em 2008, sem saber ler e escrever. Em termos absolutos, havia cerca de 270 mil crianças nesta situação.
Mais da metade delas, cerca de 167 mil, residia na Região Nordeste, onde o percentual de crianças de 9 anos analfabetas é de 15,8%. O segundo maior percentual foi encontrado na Região Norte (12,6%).
(G1, 9/10)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

sábado, 26 de setembro de 2009

AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE ENSINO NO PARANÁ - AVA (PARTE II)





O caso do Paraná: a gênese de problemas já no Ensino Fundamental

No Paraná não há dados confiáveis sobre o Ensino Médio porque foi estancada as pesquisas que, em 2003, revelariam a situação do Ensino Médio no Estado. Porém, vale a pena reproduzir os resultados da Avaliação de Ensino obtidos para o Ensino Fundamental. Estes dados ajudam a esclarecer a situação do Estado do Paraná, como, também, lançam subsídios para intuir o que deve se passar no Ensino Médio.
A avaliação do Ensino Fundamental no Estado do Paraná no ano 2000 (AVA-2000), assim como seus congêneres em Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, tem mostrado um gravíssimo problema no ensino como um todo e em números preocupantes para o ensino de ciências, em particular. Para se ter uma idéia destes números, apresentamos a tabela abaixo que representam os valores médios referentes às habilidades/conteúdos dos níveis de proficiência em diferentes eixos temáticos para Língua Portuguesa, Matemática e Ciências (no Paraná, os eixos temáticos, semelhantes àqueles dos PCNs, são: Terra e Universo; Seres Vivos, Ambiente e Sociedade; Funções Vitais dos Seres Vivos; Ser Humano e Saúde):


Desempenho inferior / Desempenho médio / Desempenho superior
200 - 225 ////////////// 250 275 /////////////////300
Tabela 1 – valores referenciais de desempenho



Proficiência //////////////// Escola Estadual /////// Escola Municipal
Língua Portuguesa 4ª série //////258,43 //////////////// 248,13
Língua Portuguesa 8ª série ///// 249,62 //////////////// 254,82
Matemática 4ª série /////////// 260,06 //////////////// 247,90
Matemática 8ª série /////////// 249,89 //////////////// 255,57
Ciências 4ª série ////////////// 254,83 //////////////// 248,48
Ciências 8ª série ////////////// 249,56 //////////////// 252,21
Tabela 2 – Índices de Proficiência Médio para escolas estaduais e municipais – resultados da AVA – 2000 (PR)


Os valores inferiores ao valor médio (=250), representam conteúdos não aprendidos, em seu valor mais baixo, ou em fase inicial de aprendizagem (quando o percentual de acerto da Avaliação fica entre 50.1% a 64,9%), e valores superiores a 250, em fase adiantada de aprendizagem (índice de acerto entre 65,0 e 79,9%) ou de aprendizagem total (índice igual ou superior a 80,0%).
Pela tabela acima, podemos ver que os valores obtidos na 4ª série, para todas as áreas, se repetem na 8ª série, com índices próximos ou ligeiramente inferiores a 250. Esse resultado expressa uma dura realidade: que, após quatro anos de escolarização, os índices de aprendizagem não melhoraram; ficaram estagnados!
No “CADERNO AVA 2000 – CIÊNCIAS: UMA ANÁLISE QUALITATIVA (Coordenação de Informações Educacionais, Curitiba, 2001), podemos depreender que, das Escalas de Proficiência de 4ª e 8ª séries, que os conteúdos mais diretamente ligados ao currículo (que tem pouca abrangência na mídia, por exemplo), apresentam as maiores dificuldades de aprendizagem.
Assim, com esses resultados, e com a abordagem nas escolas do Paraná dos PCNs, propomos um ensino plural, abrangendo tópicos da contemporaneidade das ciências (biologia, física, química e astronomia/cosmologia), e sua inserção transversal, discutindo a ética inerente na ciência e em seu ensino. Portanto, na abordagem aqui adotada, temas controversos, envolvendo a dinamicidade das ciências, serão usados como meios para tornar os professores-alunos do Ensino Fundamental e Médio, como partícipes de opiniões necessárias sobre os rumos da ciência e de seus aspectos éticos e plurais