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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DOS RESULTADOS DA PROVA BRASIL



PROJETO: "AVALIAÇÃO DO IMPACTO DOS RESULTADOS DA PROVA BRASIL NAS ACÕES-POLÍTICO-PEDAGÓGICASDE ESCOLAS DE 1a. A 4a. SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL (UEM):


O baixo impacto dos resultados das avaliações externas como o SAEB e a Prova Brasil nas escolas brasileiras caminha em direção contrária às experiências realizadas em países desenvolvidos como a Inglaterra, a França, os Estados Unidos e a Alemanha. Naqueles países, as avaliações externas têm grande credibilidade junto à sociedade e por isso são tidas como ferramentas importantes para subsidiar políticas públicas para a educação.
A seriedade com que os agentes responsáveis pela educação no país, os políticos, os pais e a sociedade civil encaram as avaliações educacionais levaram os franceses a criar o Observatoire National de Lecture; os ingleses, o Office for Standards in Education (OfSTED) e os americanos, o Best Practices Watch. Essas instituições têm como objetivo primordial analisar e debater sistematicamente temas relevantes sobre a qualidade da educação.
Nas pesquisas em andamento, citadas anteriormente, verifica-se que nas escolas públicas brasileiras as avaliações externas, como a Prova Brasil e o Enem, não têm se constituído avaliações no sentido exposto por Luckesi, ou seja, elas não têm servido como um diagnóstico que permite traçar metas para a escola, nem tampouco um processo de investigação que apóia decisões e propostas de ações que visam o aprimoramento do trabalho, que seria sua função eminentemente educacional.
Para que, no Brasil, seja alterada a postura de “indiferença” – tanto de profissionais ligados diretamente à educação, como de outras instâncias da sociedade – diante dos resultados insatisfatórios obtidos pelas escolas nas avaliações externas, é necessário conhecer as razões que a geram. Sem que essas razões sejam desveladas, para que possam ser enfrentadas e problematizadas, a tendência é que as informações produzidas pelo SAEB, pela Prova Brasil e pelo Enem não cumprirão a função de instrumentalizar professores e gestores para a melhoria da educação básica brasileira.
Quais os motivos do baixo impacto das avaliações institucionais na organização da prática pedagógica? Por que as avaliações promovidas pelo Sistema Nacional de Avaliação não retroalimentam a prática pedagógica, ou seja, não cumprem, de fato, a função de avaliação? São perguntas como essas que precisam ser respondidas para que se tenham elementos que auxiliem a tomada de decisões no âmbito de encaminhamento de políticas públicas para a educação. É buscar respostas para tais perguntas que esta pesquisa se propõe.
(In: SFORNI et al. Universidade Estadual de Maringá)

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